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Introdução a Linguagem SQL — Parte 2

Data/Hora Publicação: 18/08/2023 10:52:07 AM
  • Tempo de Leitura: 5 minutos
Imagem de cabeçalho para artigo SQL

Nesta série de artigos estou apresentando uma breve introdução a Linguagem SQL e como ela processa e armazena informações em bancos de dados relacionais (se ainda não leu a primeira parte, clique aqui) .

A sequência de informações aqui apresentadas, representam a minha experiência trabalhando com SQL e também a forma que eu gostaria de ter sido apresentado a linguagem (quando dei os primeiros passos, há 20 anos atrás, meu aprendizado não foi tão linear e tão aprofundado, risos).

Nesta parte do artigo apresentarei as duas principais linguagens dos SGBD’s — DDL e DML, que são “sub-grupos” da linguagem SQL. Serão listados também os principais comandos contidos nas linguagens DDL e DML, porém, deixarei para uma terceira e quarta partes a sintaxe, exemplos e dicas práticas.

Importante destacar que, os principais bancos de dados comerciais disponíveis atualmente implementam esses dois grupos de linguagem (DDL e DML).

Data Definition Language (DDL)

Diagrama principais comandos DDL

DDL (Data Definition Language ou linguagem de definição de dados) é uma linguagem que permite aos usuários definir e modificar a estrutura de um banco de dados.

As aplicações de DDL na linguagem SQL incluem a criação de tabelas, restrições e índices, alteração da estrutura das tabelas (adicionar, remover ou modificar colunas), renomeação e exclusão de tabelas, além de outras operações relacionadas à definição de dados.

As instruções DDL são usadas para definir a estrutura do banco de dados e são executadas pelo SGBD (Sistema Gerenciador de Banco de Dados) para criar ou alterar objetos de banco de dados. Essas instruções não manipulam dados, mas sim as definições de objetos no banco de dados.

Alguns exemplos de instruções DDL em SQL são:

  • CREATE TABLE: cria uma nova tabela no banco de dados.
  • ALTER TABLE: modifica a estrutura de uma tabela existente no banco de dados.
  • DROP TABLE: remove uma tabela do banco de dados.
  • CREATE INDEX: cria um índice para acelerar a busca de dados em uma tabela.
  • ALTER INDEX: modifica um índice existente no banco de dados.
  • DROP INDEX: remove um índice do banco de dados.

As instruções DDL são essenciais para a criação e manutenção de bancos de dados eficientes e organizados. O uso adequado dessas instruções garante a integridade dos dados e melhora o desempenho das operações de busca e atualização de dados.

Data Manipulation Language (DML)

Diagrama principais comandos DML

DML é a sigla para Data Manipulation Language, que em português significa Linguagem de Manipulação de Dados. É uma parte da linguagem SQL utilizada para manipular os dados armazenados em um banco de dados relacional. As principais operações DML são:

  • SELECT: utilizada para recuperar dados de uma ou mais tabelas do banco de dados.
  • INSERT: utilizada para adicionar novas linhas de dados em uma tabela.
  • UPDATE: utilizada para alterar dados existentes em uma ou mais linhas de uma tabela.
  • DELETE: utilizada para remover uma ou mais linhas de dados de uma tabela.

As aplicações do DML são muito amplas e variadas, uma vez que a manipulação de dados é uma atividade fundamental em qualquer sistema de gerenciamento de banco de dados.

Por exemplo, uma aplicação de e-commerce pode utilizar o DML para adicionar novos clientes, produtos e pedidos ao banco de dados, ou para atualizar o status de um pedido após o envio. Uma aplicação financeira pode utilizar o DML para registrar transações, atualizar saldos de contas bancárias e gerar relatórios de atividades.

Resumindo, os comandos contidos na DML são responsáveis pelo “famoso” CRUD:

  1. Create (C): criação de novos dados em uma tabela do banco de dados (utilizamos o comando INSERT para esta operação). Não confunda este CREATE (de inserção de dados em uma tabela) com o CREATE descrito na DDL. Um cria efetivamente a estrutura de um banco de dados ou tabela (CREATE); O outro, é para inserir dados (linhas) em uma tabela no banco de dados já criado (INSERT).
  2. Read (R): leitura ou recuperação de dados de uma tabela do banco de dados (utilizamos o comando SELECT para esta operação).
  3. Update (U): atualização de dados existentes em uma tabela do banco de dados (utilizamos o comando UPDATE para esta operação).
  4. Delete (D): exclusão de dados de uma tabela do banco de dados (utilizamos o comando DELETE para esta operação).

Essas operações são amplamente utilizadas em bancos de dados relacionais e são a base para o gerenciamento e manipulação de dados em muitos aplicativos e sistemas. Através dessas operações, é possível inserir, consultar, atualizar e excluir informações em uma tabela, permitindo assim que os usuários trabalhem com os dados de forma eficiente e efetiva.

Conclusão

Nesta parte da nossa série de artigos sobre Introdução a SQL destacamos as duas principais linguagens que compõem o universo SQL: DDL e DML.

Como um último resumo, gosto da explicação que tive nos meus tempos de faculdade:

  • DDL é utilizada para criação e manutenção estrutural do banco de dados, tabelas com suas colunas e índices. É amplamente utilizada pelos engenheiros de dados.
  • DML é amplamente utilizada pelos usuários e sistemas dos bancos de dados. São utilizados para persistir os dados inseridos por usuários em um formulário, por exemplo. Seus principais usuários (sem contudo restringir a estes) são: desenvolvedores de softwares, analista de dados e cientistas de dados.

Próximos passos

No próximo artigo da nossa série, apresentarei a sintaxe de cada um dos comandos DDL citados aqui com exemplos práticos para aplicação no dia-a-dia.

Vou também explicar como baixar e instalar um SGBD e criaremos nosso primeiro banco de dados com os exemplos que serão apresentados.

Fiquem de olhos nas minhas redes sociais para não perder nenhuma parte.

E se tiver dúvidas e/ou sugestões, deixa nos comentários que responderei o mais breve possível

Até o próximo!


Artigo publicado originalmente na plataforma Medium em 13 de abril de 2023. O acesso ao artigo original pode ser realizado aqui

Referências

Sistemas de banco de dados / Ramez Elmasri e Shamkant B. Navathe, 4ª Edição, 2009, Editora Pearson Addison Wesley;

Database Design for Mere Mortals: A Hands-On Guide to Relational Database Design / Michael J. Hernandez, 3ª Edição, 2021, Editora Addison-Wesley Professional

foto Paulo embaixo da Harbour Bridge em Sydney na Austrália

Sobre o autor

Paulo Fernando Abse Benassi é formado em Sistemas de Informação pela Libertas – Faculdades Integradas de São Sebastião do Paraíso/MG. Analista de Sistemas, desenvolvedor web e analista de dados. Trabalha na área de tecnologia desde 2003. Desde o início da carreira, começou a estudar sobre a área tecnológica e nunca mais parou. Em aprendizado contínuo. Clique aqui para analisar os projetos e atividades desempenhadas pelo autor.

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Neste artigo, falarei sobre a linguagem de consulta estruturada (SQL na sigla em inglês) e como ela processa e armazena informações em bancos de dados relacionais.
Neste artigo, como mencionado na parte 2, irei apresentar em detalhes os principais comandos do “sub-grupo” da linguagem SQL — DDL (Data Definition Language — Linguagem de Definição de Dados).
Nesta quarta e última parte da nossa série de artigos, apresentarei os principais comandos do “sub-grupo” da Linguagem SQL — DML (Data Manipulation Language — Linguagem de Manipulação de Dados).

2 comentários em “Introdução à Linguagem SQL – Parte 2”

  1. Pingback: Introdução a Linguagem SQL — DDL (Parte 3) - ABAS System

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